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sábado, 29 de setembro de 2012

HISTÓRIA DE LAMPIÃO





Todos os personagens foram muito importantes na história do cangaço e, direta ou indiretamente, participantes da formação e da vida de Lampião. No entanto as principais figuras da saga do cangaço eram os próprios cangaceiros, inúmeros e de personalidades distintas entre si.

Os grupos e subgrupos formados pelos cangaceiros existiam em grande quantidade. Era habitual que depois de participar de um agrupamento durante algum tempo o indivíduo se sentisse apto a ter seu próprio bando.

No momento em que achava que estava preparado para ter sua própria organização ele se dirigia a seu líder e expunha seus planos. Geralmente não havia nenhum problema. O mais comum era encontrar respaldo em seu chefe que, por sua vez, sabia que, no futuro, se necessário, poderia contar com a ajuda desse seu ex-subalterno.



Dessa forma os grupos iam se subdividindo ou se reagrupando, num contínuo e alternado processo de divisão e crescimento. Assim surgiam os numerosos líderes de bandos, tantos que a maioria teve seus nomes esquecidos pela história. Muitos, entretanto, tornaram-se conhecidos, e seus nomes serão lembrados sempre que se falar em cangaço .

Cabeleira



Era o nome pelo qual José Gomes tornou-se conhecido. Nasceu em 1751, em Glória do Goitá, Pernambuco.

Lucas da Feira

Assim era conhecido Lucas Evangelista, por haver nascido em Feira de Santana, Bahia. Lucas da Feira nasceu em 18 de outubro de 1807.

Jesuíno Brilhante

A data de nascimento deste cangaceiro é objeto de muitas controvérsias. Dizem uns que ele nasceu em 02 de janeiro de 1844, outros que foi em março de 1844. Seu nome de batismo era Jesuíno Alves de Melo Calado.

Adolfo Meia Noite

Sabe-se que nasceu em Afogados da Ingazeira, sertão do Pajeú de Flores, em Pernambuco, em data indeterminada.



Antonio Silvino

Nascido na Serra da Colônia, em Pernambuco, no dia 02 de novembro de 1875, foi batizado como Manoel Batista de Moraes.

Sinhô Pereira

Sebastião Pereira da Silva, conhecido como Sinhô Pereira, nasceu em 20 de janeiro de 1896, em Pernambuco. Sinhô Pereira foi o único chefe de Lampião antes deste ter o seu próprio grupo.

Lampião

Vários cangaceiros tiveram seus nomes gravados pela história, mas nenhum deles destacou-se tanto quanto Lampião.

Seu nome de batismo era Virgolino Ferreira da Silva.

Lampião, ao contrário do que muita gente pensa, não foi o primeiro cangaceiro, mas foi, praticamente, o último. Sem dúvida nenhuma foi o mais importante e o mais famoso de todos. Seu nome e seus feitos chegaram a todos os recantos de nosso país e até ao exterior, sendo objeto de reportagens da imprensa internacional.

Até o advento de Lampião, como passou a ser conhecido a partir de certo momento de sua vida, o cangaço era apenas um fenômeno regional, limitado ao nordeste do Brasil. O restante do país não se incomodava com o que não lhe dizia respeito. Mas a presença de Lampião, sua ousadia e seu destemor, fizeram do cangaceiro uma figura de destaque nos noticiários diários do país inteiro, exigindo atenção cada vez maior por parte das autoridades, que se sentiram publicamente desafiadas a liquidá-lo.

Passou a ser uma questão de honra acabar com Lampião e, por via de conseqüência, com o cangaço .
CANGAÇO



Aqui se conta a história de Lampião, o famoso capitão Virgolino Ferreira, também conhecido como o "Rei do cangaço ". Não toda ela, pois não é fácil abranger de forma completa a saga de um brasileiro que pode ser equiparado, em fama e feitos, aos famosos personagens do velho oeste americano. Para facilitar o entendimento, ainda que parcial, é necessário situar a história e seu personagem principal no meio físico em que nasceu, viveu e morreu.

Descrever o nordeste, por onde andou Lampião, sem entrar na costumeira lista de nomes de vegetais, tipos de solo e outros detalhes semelhantes, é uma tarefa ingrata. Resultaria desnecessária para quem já conhece a região e incompleta para quem nunca esteve lá.

Embora aparentemente agreste o nordeste é de natureza rica e variada. Ou talvez seja melhor dizer que é um misto de riqueza e pobreza, com imensa quantidade de espécies em sua fauna e flora, embora de clima seco durante a maior parte do ano. Chove muito pouco, o chão é seco e poeirento.

A vegetação é rasa e, na maior parte do ano, de cor cinza. De vez em quando surgem árvores cheias de galhos, também secos, frequentemente cobertos de espinhos que, se tocarem a pele, ferem. Raramente se encontra um local onde haja água, mas onde ela se apresenta a vegetação é muito mais verde, apesar de não radicalmente diferente de no restante da região. Saindo da planície e subindo para as partes mais altas, atingindo as serras e os serrotes, o ar tornar-se mais frio e as pedras desenham a paisagem.

Não há estradas, só caminhos, abertos e mantidos como trilhas identificáveis pela passagem dos que por ali circulam, geralmente a pé.

Em breves palavras, esse era o ambiente em que Virgolino Ferreira passou toda sua vida. Pode-se dizer que muito pouco mudou desde então.

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