História
No dia 12 de novembro de 1902, o cruzador português “D. Carlos” ancorou no porto de Belém. A visita do garboso navio levou um grupo de jovens portugueses trabalhadores do comércio, liderados por Manoel Nunes da Silva, a se reunir no extinto Café Apolo, onde foi criado o Grupo Executante, responsável por entoar canções referentes à pátria lusitana.
O Grupo Executante cresceu tanto que no dia 1º de janeiro de 1903 foi fundada oficialmente a Real Tuna Luso Caixeral. Tuna significa uma orquestra ou conjunto popular, Luso faz referência à nacionalidade portuguesa de seus fundadores, e Caixeral à totalidade de integrantes que trabalhavam no comércio conhecidos como “caixeiros”. Posteriormente, em 1926, foi denominada de Tuna Luso Comercial e por fim, em 1968, como Tuna Luso Brasileira. Quando foi fundado, o clube já possuía o seu maestro, o famoso musicista português Antônio Lobo.
A primeira diretoria tunante teve Manoel Nunes da Silva como presidente e Manuel Augusto Correia e Antônio Lobo, como primeiros secretários. A primeira sede localizava-se nos altos do prédio assobradado da Rua Nova de Santana, hoje Senador Manoel Barata.
O Grupo Executante ficou famoso por promover festivais de ação comunitária e social. A sua maior apresentação aconteceu no famoso Theatro da Paz, com lotação total. No final do ano de 1903 foi fundada a escola de dança, que reunia os melhores dançarinos paraenses.
A Tuna só iniciou no esporte em 1906 com a criação do Departamento Náutico. A idéia surgiu com a extinção do Yole Clube e Sírio. Um grupo de rapazes, tendo a frente Antônio Lobo, Artur Nicolau da Costa, Francisco de Oliveira Simões, Antônio Frazão Salgueiro e João Gonçalves, alugou a antiga sede do Sírio, na Siqueira Mendes, onde passou a funcionar como garagem náutica do clube. O primeiro barco foi construído na fábrica Freitas Dias, servindo de modelo a uma baleeira de 6 remos denominada “Moema”. Na época, a Tuna estava dentro dos melhores clubes brasileiros, conquistando inclusive um deca-campeonato, o que lhe deu o honroso título de Rainha do Mar.
E depois de nove anos, em 1915, a Tuna se inseriu no espaço esportivo paraense, mas apenas para o consumo caseiro. Sua estreia de forma amadora aconteceu em 1º de outubro de 1915, quando o time foi campeão após vencer o Grêmio Luzitânio, a sua primeira taça de futebol, mais conhecida como “5 de outubro”. A partir de então, a Tuna estreou no cenário esportivo, não só no futebol e destaca-se até hoje nas modalidades de futebol, natação, entre outros esportes.
Em 1937, a Tuna Luso conquista o primeiro campeonato paraense de forma invícta. O time base era: Licínio, Setenta, Cinco, Aldomário, Pellado, Setenta e Sete, Lulu, Conega, Jango, Pitota e Patesko. Um grande momento para a Tuna foi a década de 1980, quando, além de dois campeonatos estaduais (1983 e 1988), sagrou-se campeã do Brasileiro da Segunda Divisão, em 1985. Desde 1988, a equipe não adicionou mais nenhum título estadual à sua coleção de troféus - nesse período, foi vice-campeã em cinco ocasiões, acumulando assim dez campeonatos e 18 vice-campeonatos paraenses, e confirmando ser um dos grandes do futebol estadual.
Além disso, em 1992, conseguiu outro importante título nacional, o Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão.
Mais recentemente, na mesma Série C, em 2006, terminou na 11º posição.
No Campeonato Paraense de 2007, a Tuna venceu o primeiro turno, mas foi derrotada pelo Remo nas finais do campeonato, sagrando-se vice-campeã e credenciando-se a participar da Série C 2007.
No dia 2 de novembro de 2008, a Tuna Luso sagrou-se campeã da Copa dos Clubes Campeões do Centenário, competição promovida pela FPF, em comemoração aos 100 anos de disputa do campeonato paraense. Os clubes participantes foram: Paysandu, Remo, Tuna Luso e União Esportiva (clube extinto, mas representado peloAnanindeua).
Remo e Paysandu desistiram da competição logo após o Remo perder por 3 a 1 para a Tuna e o Paysandu perder por 2 a 1 para o União Esportiva, alegando prejuízos financeiros com a manutenção dos elencos, devido ao fato de o torneio ter sido realizado no final da temporada 2008. Com a desistência dos dois grandes clubes do futebol paraense, a final foi entre a Tuna e a União Esportiva. Por ter vencido o primeiro jogo por 3 a 1, a equipe alviverde foi para a final com vantagem, tendo empatado por 0 a 0 e ficando com a taça.
Em 2007, a agremiação se recuperou dos vexames protagonizados nos Campeonatos Paraenses de 2005 e 2006, quando a Tuna ficou em 11º e 10º. Começou bem 2007, sendo campeão da Taça Cidade de Belém, equivalente ao 1º Turno, assegurando uma vaga para a Copa do Brasil e para a disputa da 3ª divisão.
Mas a equipe despencou no segundo turno, e na decisão, perdeu para o seu rival Remo, ficando com o vice-campeonato. No Campeonato Brasileiro, a Águia do Souza fez uma bela campanha, mas foi eliminada na 3ª Fase e não se classificou no octagonal final, terminando a competição na 14º colocação, com 18 pontos. Os Cruzmaltinosperderam mais terreno em 2008, fez uma péssima campanha e terminou na penúltima posição dos dez participantes da Elite do Campeonato Paraense.
Na Copa do Brasil, a Lusa foi eliminada pelo Coritiba na primeira fase em dois jogos (0x0) e (6x0).
A Tuna não conseguiu a classificação para a disputa da Elite do Campeonato Estadual, ficando a dois pontos do São Raimundo. Na 1ª Fase do Estadual, a Águia mais uma vez ficou sem disputar a Fase Principal do certame paraense, distante da vaga por apenas um ponto, perdendo a classificação para o estreante time do Cametá.
[editar]Atualidade
A Lusa montou um time modesto, mas competitivo em 2011. Começou de forma razoável, vencendo uma das duas partidas, mas o Sport Belém complicou a Águia do Souza, causando a demissão do técnico Carlos Lucena, que comandava a Tuna desde 2007, e com a chegada de Flávio Goiano, a Lusa venceu três partidas seguidas, entretanto, no último jogo, precisava de uma combinação de resultados para se classificar para a elite do Campeonato Paraense. Em um jogo emocionante, a Tuna venceu o Santa Rosa, em Mãe do Rio, e contou com o empate de Ananideua e Castanhal, fazendo com que a Tuna se consagrasse campeã da 1ª Fase e após mais de dois anos, voltasse a disputar a Fase Principal. Apesar da boa campanha na 1ª Fase do certame estadual, a lusa não conseguio a classificação para as semi-finais da Taça Cidade de Belém, ficando na quinta colocação, após empatar com a equipe do Cametá. O segundo turno do campeonato paraense começou melhor para a Tuna, após vencer o Águia de Marabá em Belém e empatar com o Castanhal fora de casa, a Tuna alcançou a liderança do campeonato, para disparar na liderança, a Tuna precisava apenas de uma simples vitória no clássico contra o Paysandu no estádio Francisco Vasques, acabou perdendo por 3x1. Após a derrota no clássico contra os bicolores, a Tuna foi goleada pelo São Raimundo por 4x1 em pleno Souza, perdeu para o Indepedente por 1x0 em Tucuruí, após as duas derrotas seguidas, foram goleados pelo Clube do Remo no clássico disputado no estádio Evandro Almeida, após as três derrotas seguidas, a Tuna ficou ameassada pelo rebaixamento para a 1ª Fase do campeonato estadual. A lusa precisava apenas de um modesto empate contra a equipe do Cametá diante de sua torcida em Belém, apesar do favoritismo, a equipe perdeu por 2x1, decretando o rebaixamento dos cruzmaltinos para disputar novamente a 1ª Fase do Parazão em 2012. Apesar da vergonhosa campanha da Tuna no estadual, a Lusa sagrou-se campeão paraense de futebol femenino ainda em 2011, conquistando a vaga paraense para ser representante do estado na Copa do Brasil de futebol feminino.
[editar]Símbolos
[editar]Escudo
O atual formato do escudo da Tuna surgiu na fundação do clube e manteve-se ao longo dos anos. As únicas mudanças acontceram no seu interior. No primeiro desenho, o escudo trazia as iniciais T-L-C, referentes à Tuna Luso Caixeiral, e uma nota musical vermelha ao centro cortada por quatro linhas verdes. No segundo escudo, permaneceu as iniciais do primeiro mas dessa vez em referência à Tuna Luso Comercial, além de substituir a nota musical pela cruz pátea vermelha, confundida como cruz de malta. O terceiro e atual escudo traz as iniciais T-L-B (Tuna Luso Brasileira) e o ano de fundação (1903), abaixo da cruz.


[editar]Mascote
A mascote da Tuna Luso é a águia. O animal foi escolhido como um dos símbolos do clube por ser considerada a ave mais forte, bonita e corajosa do mundo animal. Além disso, a águia também tem um grande poder de renovação.
[editar]Uniforme
O uniforme da Tuna Luso Brasileira é semelhante ao do Vasco da Gama, apenas diferenciando-se pela cor, no caso o verde.
[editar]Torcida
MUC - Movimento Uniformizado Cruzmaltino
Torcida organizada fundada em 1º de junho de 2006, por um grupo de quatro amigos, levados pela idéia de construir um movimento de apoio à Tuna Luso nas arquibancadas. O projeto cresceu e hoje conta tem mais de 300 membros, com simpatizantes por todo o Brasil e no mundo (por exemplo, Japão).
ATAT - Associação dos Torcedores e Amigos da Tuna
No mesmo ano, um grupo de torcedores formou uma associação objetivando colaborar ativamente com a Tuna, surgindo assim a ATAT (Associação dos Torcedores e Amigos da Tuna). A associação tem participado em diversas atividades administrativas e financeiras do clube.
A Tuna Luso estabelece atualmente um contato muito forte com aquela que representa a maior expressão popular do clube, a torcida. Com torcedores tradicionais e um outro grupo mais jovem que vem a somar com a tradição do clube existem hoje na Tuna duas grandes forças dessa manifestação. Juntas as duas torcidas dão todo o apoio necessário e ajudam a divulgar o nome do time no esporte paraense.
[editar]Estádio
O estádio próprio da Tuna Luso chama-se Francisco Vasques, popularmente conhecido como "Souza", com capacidade para 5.000 torcedores. Contudo, os jogos de maior porte da equipe são disputados no Estádio Olímpico do Pará, com capacidade para 46.000 pessoas.
[editar]Rivalidades
[editar]Tuna Luso x Remo ou Re-Tu
o Clube do Remo é o maior rival da Tuna Luso Brasileira. Rivalidade iniciada ainda nas regatas. Remo x Tuna é o segundo maior clássico da cidade de Belém, os clubes confrontam-se no futebol desde 15 de novembro de 1931, com empate em 0 a 0 - Jogo amistoso.Estatísticas de Tuna Luso x Remo
Jogos: 457
Vitórias do Remo: 205
Vitórias da Tuna Luso: 129
Empates: 123
Gols do Remo: 715
Gols da Tuna Luso: 564
Maior goleada do Remo: 7 - 0 em 17 de maio de 1959
Maior goleada da Tuna Luso: 6 - 1 em 20 de abril de 1941
Último jogo: Remo 2 x 2 Tuna Luso, 29 de março de 2012, pela 6ª rodada do 2º turno do Parazão 2012.
[editar]Tuna Luso x Paysandu ou Pa-Tu
Além do Remo, a Tuna também nutre uma rivalidade com o Paysandu, não tão importante para os cruzmaltinos quanto a que tem com o Remo, mas o confronto também é considerado um clássico. As duas equipes se confrontam desde 11 de dezembro de 1932, quando os bicolores venceram pelo placar de 2x0 em jogo válido pela Taça Concódia.Estatísticas de Paysandu x Tuna Luso
Jogos : 309
Vitórias do Paysandu : 132
Vitórias da Tuna Luso : 109
Empates : 68
Último jogo : Paysandu 2 x 1 Tuna, 20 de janeiro de 2012, pela 3ª rodada do 1º turno do Parazão 2012.
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