O SUCESSO
Com mais de 49 anos de carreira, Roberto Carlos continua sendo o artista número um do Brasil e, por extensão, de toda a América Latina. Ídolo da juventude e maior expoente da Jovem Guarda na década de 60, Roberto aos poucos foi encontrando sua identidade na música romântica e, desde a década de 70, seus lançamentos vêm se mantendo em patamares superiores a milhões de cópias vendidas. Com o relançamento em CD de toda a sua discografia no ano de 1993, esses números aumentam a cada ano. Segundo pesquisas recentes, ele é o primeiro e único artista latino-americano a vender mais discos do que os Beatles, com mais de 80 milhões de cópias em todo mundo.
Roberto Carlos nunca se apegou a modismos, traçou seu rumo e por ele segue deixando um rastro de canções que falam de amor, solidariedade e confiança no amanhã. Entre os temas abordados em suas músicas está a fé que desde a música “Jesus Cristo” (1970) marcou presença em sua discografia.
No entanto, somente em 1999, foi lançado um CD contendo apenas faixas com este tema. O disco “Mensagens” tem 12 canções inesquecíveis do Rei. Além de “Jesus Cristo”, estão presentes neste CD músicas que se destacaram em diferentes épocas, como “Fé” e “A Montanha”, gravadas na década de 70, e “Ele Está Pra Chegar”, “Aleluia” e “Estou Aqui”, dos anos 80. Em Mensagens foram incluídos também os sucessos mais recentes “Nossa Senhora”, “Luz Divina”, “Quando Eu Quero Falar Com Deus”, “O Terço”, “Jesus Salvador” e “Coração de Jesus”. A natureza foi outro tema importante abordado pelo cantor. Em 1976, muito antes da ecologia entrar na ordem do dia de todos os povos e continentes, Roberto Carlos compôs “O Progresso”, um hino de preservação a natureza. Outros alertas em forma de canção se seguiram tendo a caça predatória (As baleias), a exploração dos recursos naturais (Amazônia) e a poluição (No ano passado) entre os assuntos abordados. Mesmo tendo levantado assuntos tão polêmicos Roberto Carlos em 2002 fez questão de nos lembrar com a música “Seres Humanos” que:
“Somos Seres Humanos
Só queremos a vida mais linda
Não somos perfeitos
Ainda”
Isto tudo sem citar tema que permeia toda sua obra: o amor.
Desde a inocência e juventude demonstrada nas canções dos anos 60, passando por amores conturbados e o despertar da sensualidade na década de 70, até amores intensos, arrebatadores e nem sempre felizes cantados nos anos 80 e finalmente a descoberta do verdadeiro amor, do amor maduro, equilibrado e ainda assim cheio de paixão presente nas canções das décadas de 90 e começo de 2000.
Roberto Carlos é o primeiro e único artista em toda a história da música a gravar 1 disco por ano, durante toda a sua carreira. Na maioria destes anos ele gravou um 2º disco em versão espanhol, e em outras oportunidades em inglês, francês e italiano.
A CARREIRA
A carreira artística de Roberto Carlos teve início quando sua família se mudou de Niterói para o bairro de Lins de Vasconcelos, no Rio. Levado por um colega da mesma escola, Arlênio Lívio, Roberto Carlos passou a freqüentar a turma que se encontrava na Rua do Matoso, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Lá conheceu Sebastião (Tim) Maia, Edson Trindade, José Roberto "China" e Wellington. E com Arlênio, Trindade e Wellington foi formado o conjunto vocal The Sputnicks. Roberto precisava da letra da música "Hound Dog" e alguém lembrou que um outro componente da turma colecionava tudo sobre Elvis Presley: Erasmo (Carlos) Esteves e foi ai que os dois se tornaram amigos. Logo depois Edson Trindade sugeriu a Erasmo que, junto com Arlênio e China, formassem outro conjunto vocal: The Snakes. Roberto Carlos passou a se apresentar em clubes e festas e também com o grupo. O resultado não poderia ser outro: um sucesso, pelo menos na opinião dos ouvintes do programa “Clube do Rock”, comandado por Carlos Imperial na rádio Tupi. Ao final dessa histórica apresentação, Roberto Carlos, apresentado ao público como o “Elvis brasileiro”, voltou ao palco sozinho para cantar “Jailhouse rock”.
Os aplausos não iludiram o jovem Roberto, que cantava na boate do Hotel Plaza seguindo a linha bossa-nova de João Gilberto enquanto percorria a via-crucis de artista iniciante atrás de gravadora. Sua primeira gravação aconteceu pela Polydor em 1959 mas foi com a força do amigo Carlos Imperial junto ao diretor artístico da Columbia, Renato Côrte Real, que em 1960 gravou um novo disco de 78 RPM com as músicas “Canção do amor nenhum” e “Brotinho sem juízo”. Pouco tempo depois veio a chance de gravar seu primeiro LP cuja música “Louco por você” estourou rapidamente. Com aparições freqüentes em programas da TV, começava ali uma longa trajetória de sucesso.
ANOS 60 - EM RITMO DE JOVEM GUARDA
Com o estouro do LP “Louco Por Você”, de 1961, Roberto começa a ser conhecido também fora do eixo Rio-São Paulo, e não param de surgir convites para apresentações por todo o Brasil. Em 1963 é lançado o disco Splish Splash, que o transforma num dos mais populares artistas jovens da época. O ano seguinte é marcado pelo lançamento de É Proibido Fumar, cheio de canções que se tornariam clássicos da música brasileira, como “O calhambeque” e a faixa-título.
A essa altura, Roberto Carlos já cantava para a juventude, como diz o nome do primeiro dos dois discos que lançaria em 1965. Com a explosão mundial dos Beatles, o rock estava chegando ao Brasil, manifestando-se através de um movimento que o colocaria pela primeira vez no trono Rei: a Jovem Guarda, recordista de audiência entre os jovens e um dos maiores sucessos da TV brasileira até hoje. Em novembro de 1965 veio o LP Jovem Guarda, revolucionando a linguagem musical da época através de canções como “Quero que vá tudo pro inferno”, cuja letra era ousadíssma para época.
Tendo a companhia dos amigos e parceiros Erasmo Carlos e Wanderléa na linha de frente da Jovem Guarda, Roberto ditava a moda da época, inspirando roupas e adereços utilizados pelos jovens brasileiros. Enquanto “Não é papo pra mim” e “Mexerico da Candinha” freqüentavam os primeiros lugares das paradas de sucesso, o público aguardava ansiosamente o lançamento do novo LP de Roberto Carlos, agendado para o final de 1966. A recompensa veio sob a forma de uma autêntica coleção de hits, como “Eu te darei o céu”, “Nossa canção”, “Negro gato”, “Namoradinha de um amigo meu” e outros.
Em 1967 a Jovem Guarda atingia seu auge. A dupla Roberto-Erasmo, definitivamente consagrada, popularizava expressões como “É uma brasa, mora!”, “Bicho” e “Carango”. E a fama de Roberto chegava à França, apresentando-se no MIDEM, em Cannes. Seu novo disco, Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, traria mais uma bagatela de sucessos e proporcionaria sua estréia no cinema, no ano seguinte. Impulsionado pelo disco, o filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, de Roberto Farias, estrelado pelo Rei e com participações de Wanderléa e Erasmo, bateu recordes de bilheteria. Nessa mesma época, saía do ar o programa Jovem Guarda, após três anos de absoluto sucesso, e Roberto continuava ampliando seus horizontes. Foi à Itália e voltou vencedor do Festival de San Remo, onde defendeu a música “Canzone per te”, de Sérgio Endrigo e Bardotti. Foi o primeiro estrangeiro a conseguir esta façanha. Por aqui, o LP O Inimitável Roberto Carlos aumentava sua coleção de sucessos, trazendo “Se você pensa”, “Ciúme de você” e “As canções que você fez pra mim”.
O ano seguinte começa com o lançamento de um novo filme “Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa”, que mais uma vez arrastou multidões aos cinemas. Musicalmente, Roberto já não estava mais em ritmo de aventura. Seu amadurecimento como compositor e intérprete começava a ficar evidente no novo álbum. Músicas como “Sua estupidez” e “As curvas da estrada de Santos” são uma prévia do Roberto romântico das próximas décadas.
ANOS 70 – ROMÂNTICO
O ano de 1970 foi marcado pela primeira temporada de Roberto Carlos no Canecão, em um supershow “Roberto Carlos a 200 km por hora”, com direção e roteiro de Miéle e Ronaldo Bôscoli. O novo LP trazia uma música que mudaria definitivamente sua imagem perante o público brasileiro: “Jesus Cristo”. No ano seguinte, enquanto lançava seu terceiro filme, “Roberto Carlos a 300 km por hora”, o Rei virava ídolo também no exterior, principalmente nos países de língua latina. Recordista de vendas em todo o Brasil, recebendo Discos de Ouro a cada lançamento, não poderia ser diferente com um álbum que trazia “Detalhes”, “Amada amante” e “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”. Em 1972, a cantora Ornella Vanoni chegou ao primeiro lugar das paradas européias com versões em italiano para suas músicas.
Depois de outra bem sucedida temporada no Canecão, Roberto gravou pela primeira vez, em 1974, um especial de Natal para a Rede Globo. Inaugurava ali uma tradição que se repete até hoje, sempre com a participação de convidados especiais, mostrando que o Rei sempre teve muito mais que “um milhão de amigos”.
Paralelamente aos shows e especiais de TV, a venda de LPs crescia assustadoramente. Roberto foi o primeiro artista nacional a atingir a marca de mais de um milhão de discos vendidos a cada lançamento. Não é difícil encontrar explicação para isso: seus álbuns traziam coleções de sucessos instantâneos , que logo alcançavam o primeiro lugar nas paradas de rádio. O álbum de 1978, por exemplo, que vendeu 1,5 milhão de cópias, tinha em seu repertório “Café da manhã”, “Força estranha”, “Lady Laura” e “A primeira vez”. No mesmo ano, outro recorde: mais de 250 mil pessoas assistiram seus shows no Canecão .
A década de 70 reservaria ainda mais dois momentos gratificantes para o Rei: sua campanha em prol do Ano Internacional da Criança, através da Rede Globo, foi um sucesso estrondoso e a música “Amigo” serviu de tema para a visita do Papa João Paulo II ao México, cantada por um coro de crianças em transmissão ao vivo para todo o mundo.
ANOS 80 - RECORDES E MAIS RECORDES
Com suas músicas reinterpretadas por artistas como Julio Iglesias e Ray Conniff, Roberto finalmente grava um LP totalmente em inglês, e dedica boa parte do seu tempo para visitar países estrangeiros. Resultado: a CBS lhe confere o Globo de Cristal, prêmio oferecido aos artistas que atingem a marca de 5 milhões de discos vendidos fora de seu país de origem. Seus LPs foram lançados em espanhol, italiano, inglês e francês. Em Portugal e Espanha, “Cama e mesa” chegou aos primeiros lugares das paradas.
Em 1983, Roberto realiza o projeto Emoções. Com uma equipe de 110 pessoas, incluindo uma orquestra de 42 músicos, ele levou seu show até os súditos do interior do país, percorrendo 18 cidades de 14 estados do Norte/Nordeste e Centro-Oeste. O disco de final de ano, com “O amor é a moda”, “Recordações” e “O côncavo e o convexo”, mostram um Roberto mais romântico do que nunca. A extraordinária vendagem (1,8 milhão de cópias) é o sinal de aprovação.
Nos anos seguintes, Roberto Carlos conferiria novos parâmetros aos padrões de execução de músicas nas rádios. “Caminhoneiro” (1984), “Verde e amarelo” (1985) e “Apocalipse” (1986) bateram recordes consecutivos, com respectivamente 3.287, 3.577, 3.608 execuções em um só dia. Para se ter uma idéia da grandiosidade destes números, as dez músicas do LP de 1983, somadas, alcançavam 5.981 execuções.
A essa altura, o Canecão, onde Roberto continuava se apresentando, já era pequeno para tantos fãs. Tanto que uma temporada de quatro finais de semana no Maracanãzinho, no começo de 1986, reuniu mais de 100 mil pessoas. Foi neste mesmo ano que o Rei subiu ao palco do mais famoso Radio City Music Hall, em Nova York, com enorme repercussão. Em 1988, coube a ele a honra de ter sido o primeiro artista nacional da CBS com um CD lançado no Brasil. A consagração definitiva no mercado latino viria com o Grammy de Melhor Intérprete de Música Pop Latina, pelo sucesso “Se o amor se vai”.
ANOS 90 – HOMENAGENS
Em 1991, Roberto comemorou seus 50 anos com um show beneficente para a obra de Irmã Dulce, no Ibirapuera (SP), com a presença dos principais artistas e personalidades brasileiras. A data mereceu também um Globo Repórter Especial, com os principais momentos da vida do cantor. Sua temporada no Canecão com o show “Coração”, foi um espetáculo inesquecível, onde o Rei revisitava todos os seus sucessos, desde a época da Jovem Guarda.
No 34º álbum, lançado em 1992, ele mantém a linha romântica e aposta no mix “urbano-sertanejo” com a regravação de “Dizem que um homem não deve chorar”, antigo sucesso do trio Los Panchos. O maior sucesso do disco acabou sendo “Mulher pequena”, homenageando as baixinhas. No ano seguinte, seria a vez das gordinhas, na canção “Coisa bonita”. O tradicional especial de Natal na TV Globo, que contou com a direção de Jorge Fernando e participação de Maria Bethânia, Chico Buarque e Leandro & Leonardo, entre outros, foi considerado pela crítica o melhor programa televisivo de final de ano.
As homenagens de Roberto em seus discos não param e o disco de 1994 trazia “O taxista” em meio a faixas românticas como “Quero lhe falar do meu amor”, enquanto o lançamento de 1995 elogiava o charme das mulheres de óculos em “O charme dos seus óculos”. Já no ano de 96, as felizardas são as mulheres maduras com a canção “Mulher de 40”. Destacamos ainda a regravação de “Como é grande o meu amor por você” e a mensagem “O Terço”.
Em 1997 Roberto, inovando completamente e quebrando a tradição, lança seu álbum anual no Brasil com músicas em espanhol, exceto “Coração de Jesus”, a mensagem religiosa do disco. A canção carro-chefe do CD, “Abrazame Asi” torna-se um grande sucesso e passa a fazer parte da trilha sonora da novela de Manoel Carlos “Por Amor”.
Em 1998 Roberto lança um CD com músicas gravadas em estúdio e durante um show ao vivo. O destaque deste CD é a música “Eu te amo tanto”, uma homenagem de Roberto Carlos à sua esposa Maria Rita.
Em 1999, Roberto lança “Mensagens”, um CD extra no início do ano contendo uma coletânea de composições inspiradas na fé da dupla Roberto e Erasmo Carlos. Estão ali, “Nossa Senhora”, “Jesus Cristo”, “Luz Divina” entre outras.
No final de 1999, é a vez do álbum duplo “Grandes sucessos “ contendo 30 músicas, de seu repertório, como: “Detalhes”, “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”, “Outra vez”, “Cavalgada”, “ Café da manhã”, “ O calhambeque”, “ Fera ferida”, “Proposta”, e a inédita “Todas as Nossas Senhoras”.
A cada ano, os súditos podem esperar novas surpresas de um Rei que nunca perdeu a majestade.
ANO 2000 - AMOR SEM LIMITE
No ano de 2000, Roberto Carlos lança “Amor Sem Limite” um CD onde o Artista expressa seu amor à esposa Maria Rita em forma de canção.
A faixa título “Amor Sem Limite” atingiu os primeiros lugares nas paradas de sucesso na mesma semana do lançamento em São Paulo e Rio de Janeiro estendendo-se por várias cidades do Brasil.
“O Grande Amor da Minha Vida”, “O Grude”, “Tudo”, “Momentos tão Bonitos”, “O Amor é Mais”, “Quando Digo que Te Amo”, e a mensagem “Tu és a Verdade, Jesus” são as novidades desse trabalho feito com muito amor e dedicação seguidos pelos sucessos “Mulher Pequena” e “Eu te Amo Tanto”
“O REI ESTÁ DE VOLTA, LONGA VIDA AO REI!”
“É interessante como, no Brasil, os reis conquistam sua majestade não por laços sangüíneos, formas instituídas de governo ou tradições seculares, e sim pela grandeza de seu talento e capacidade de emocionar a alma de seu povo. Foi assim com Roberto Carlos e continua sendo.
E o silêncio do rei se propagou pelos corações dos súditos, que também ficaram tristes e silenciosos.
Mas talvez por obra do silêncio e da tristeza de seus súditos, Roberto tenha percebido que ele precisava voltar a cantar e compor.
E assim, mais uma vez, Roberto reafirma a sua condição de soberano graças à força de sua obra musical.
O Rei está de volta, longa vida ao Rei!”
Tony Bellotto
Dezembro/00
ANO 2001 – ACÚSTICO MTV
Em maio de 2001, Roberto Carlos deliciou seu público com a gravação de seu disco acústico MTV. Foi um momento histórico até para a MTV, acostumada a receber os grandes nomes da música popular brasileira. Roberto cantou e encantou a todos, com um repertório repleto de grandes sucessos. Desta gravação, realizada no Polo de Cinema e Vídeo do Rio de Janeiro, resultou em um dos melhores CD’s de sua carreira. Seus fãs agradecem e podem curtir novos arranjos para músicas consagradas pelo rei como Eu te Amo, Te Amo, Te Amo, É Proibido Fumar, As Curvas da Estrada de Santos, Detalhes, Emoções e tantas outras que acompanham a vida de tantas gerações. Veja a seguir os comentários de Nando Reis e Nelson Motta, que se renderam à ótima fase de Roberto Carlos, que na opinião de vários artistas é o maior cantor da música popular brasileira.
“Quando Roberto Carlos começou a dedilhar no violão os primeiros acordes de “Detalhes”, tive a mesma impressão que o mundo - que ainda não havia - deve ter tido quando Deus o criou no primeiro dia. Ou a sensação de calma que devo ter tido dentro da barriga de minha mãe. Ouvir “Detalhes” só na voz e no violão de Roberto é como poder aproveitar a vida em sua essência de revelação e sensibilidade. É a música que se confunde com a própria vida. A minha, a sua, a de milhões de brasileiros. Há algo de primordial nesse momento. É o Gênesis, é o começo, é a informação original, muito antes do pecado e da tragédia. A música que tocou no céu quando esse se formou. É o primeiro choro da criança quando o ar invade brando os seus pulmões virgens. É a sensibilidade invisível que contorna a alma. A alma nacional, a alma que não está em nenhum lugar além do coração. A melodia de “Detalhes” é como o som que as ondas fazem se quebrando na praia. É o próprio mar. É tão essencial quanto o mar e o ar. O ar para respirar e o mar para ver. Quanto mais enxuto mais cru, quanto mais cru mais puro. Essa é a grandeza dos “Acústicos”. Procurar a essência, a alma, o eixo, a espinha dorsal da canção. E não há nada mais próximo da coluna vertebral da Música Brasileira do que as canções de Roberto e Erasmo aqui apresentadas. Em suas versões puras, acústicas. Ouvir esse disco é como fazer um Raio X na alma desse país. Eliminam-se as sobras, gorduras, mantém-se o espírito básico. Tão básico que dele se originou até o rock’n’roll brasileiro. Tudo. Viemos dali, eu, meus amigos, os Titãs, e todos nós. Muito outros também dali vieram e há ainda os que virão. Eliminam-se as cobras, mantém-se o Paraíso. Preciso, precioso. Ouvir esse disco me faz chorar pela vontade que dá de que o mundo não seja um mero desconhecido. Há uma intimidade que é paz e que nos traz um sentimento amigo. E também me faz sorrir, reforçando a convicção de que não há nada melhor para o coração do que a procura da melhor canção. E é, de fato, feito das melhores canções o tecido que reveste esse disco. Inúmeras. Todas. (Além de outras tantas que ficaram de fora). É muito impressionante reconhecer em cada uma delas um momento inesquecível, uma memória insubstituível, um trecho de letra que disse exatamente o que era preciso ser dito para dizer o que, ali, estávamos sentindo. As palavras, agora no papel já não dizem nada, porque depois de cantadas pela voz divina de Roberto Carlos possuem novo sentido. Somos súditos porque não somos surdos. Somos súditos mas somos livres. Porque se o amor impera, o amor libera. E vivemos para sermos livres.
Muito obrigado, Sr. Roberto Carlos!”
Nando Reis
2001
“Sempre que tento explicar a algum amigo americano interessado em música brasileira o que significa Roberto Carlos na nossa cultura pop, invariavelmente recorro com sucesso a uma síntese que há muito tempo percebi nele e que com o passar dos anos e das canções sempre se confirma e reafirma: Roberto Carlos é o nosso Sinatra e o nosso Elvis - só que ao mesmo tempo e em um só artista.
Os brasileiros sabem, há décadas: Roberto é o maior ídolo popular da história de nossa música. Os críticos, cantores e músicos, os que não estão surdos, sabem que Roberto Carlos ocupa espaço de honra ao lado de Mario Reis, Orlando Silva e João Gilberto entre os nossos melhores e mais originais intérpretes populares e fundadores de estilos que influenciaram decisivamente várias gerações de intérpretes da música brasileira.
É tão imensa a paixão popular pelo ídolo carismático e tão sólido o reconhecimento crítico do grande intérprete, que quase sempre é subestimada ou ignorada a extraordinária contribuição que ele - e Erasmo Carlos - deram a nossa música como compositores.
Sem que isto signifique um juízo de qualidade, é apenas um fato na nossa história musical, nenhum compositor, nem Tom Jobim, nem Dorival Caymmi ou Ary Barroso, nem Noel Rosa ou Chico Buarque, ninguém tem tantos grandes sucessos populares como Roberto e Erasmo Carlos. Em todas as listas de grandes hits dos últimos 40 anos (ou do século) eles têm pelo menos o dobro do segundo colocado.
Já fazendo uma avaliação qualitativa, mais fria e rigorosa, mais crítica e distanciada pelo tempo, ninguém com honestidade e conhecimento musical pode deixar de reconhecer em canções como “Detalhes”, “Emoções”, “Sentado à beira do caminho”, “Debaixo dos caracóis”, “Além do Horizonte”, “As curvas da estrada de Santos”, - entre outras da dupla - todas as raras qualidades musicais e poéticas que fazem delas clássicos de nossa música popular. Só quem estiver surdo.
Aos 60 anos, em seu eletrizante acústico Roberto sintetiza sua carreira com rigor e emoção - e com grande alegria celebra o seu divino dom de cantar, mesmo quando as canções são tristes. Em plena maturidade estilística, com a voz amadurecida pelas dores e sofrimentos da vida e do tempo, Roberto tem absoluto controle de seus amplos recursos vocais e nunca deixa que sua intensa emoção sentimentalize a exatidão de sua performance sem enfeites e sem efeitos. E não permite que sua técnica impecável e sua imensa experiência esfriem a sinceridade de seus sentimentos e as delicadezas de sua alma artística, feita de poder e vulnerabilidade, de força e fragilidade, de paixão e fé. Das irreverências da juventude, dos amores carnais e apaixonados, dos filhos e da família, dos amigos e companheiros de viagem, das grandes emoções populares, das devoções e dos grandes encontros espirituais, Roberto fez música. E história.
Numa noite, com uma grande orquestra e novos arranjos acústicos, diante de uma platéia hipnotizada, ele cantou como nunca algumas de suas melhores canções, que representam exemplarmente as diversas fases e estilos musicais de sua carreira. São rocks, blues, gospel, soul, baladas, boleros e canções, mas isto não importa muito, são canções que têm em comum as características que fazem delas praticamente um gênero musical à parte, o “Roberto Carlos”. Um estilo musical, uma linguagem tipicamente brasileira que se formou ao longo dos anos, fez inúmeros seguidores e se faz de ritmos e levadas inconfundíveis, de seqüências harmônicas e fraseados melódicos tão pessoais que se transferem para a sonoridade dos arranjos de orquestra que, como as suas canções, não são modernos nem antigos, são sempre “roberto-carlos”. Para seu “Acústico” novos arranjos foram criados, em sintonia com as sonoridades das big bands de hoje e sempre, mais discretos e elegantes que seus arranjos originais, acrescentando novos solos e convidados (Milton Guedes, Toni Belloto e Samuel Rosa) e cercando Roberto do ambiente sonoro perfeito para suas interpretações calorosas e intimistas, que ele vem amadurecendo e refinando ao longo de sua carreira. Naquela noite, tudo foi mais “roberto-carlos” do que nunca.
Muitos dos que estavam lá, na noite histórica, saíram com a impressão de ter testemunhado a gravação do “maior” disco da vida de Roberto Carlos. Os que ouviram depois tiveram a certeza”.
Nelson Motta 2001
ANO 2002 – ROBERTO CARLOS –AO VIVO – SHOW ATERRO DO FLAMENGO
Detalhes de uma noite de emoções
Emoções foram muitas naquela noite, do domingo 17 de novembro de 2002. Tanto para os cariocas que lotaram o Aterro do Flamengo, quanto para Roberto Carlos e seus músicos, em cima do palco montado em frente ao Monumento dos Pracinhas. Pela primeira vez no Rio, esse show, que vinha rodando o Brasil desde o início do ano, é a confirmação de que Roberto superou os traumas particulares recentes e rejuvenesceu musicalmente. No repertório, os obrigatórios clássicos de sempre, mas em arranjos mais enxutos, reafirmando a voz e a técnica perfeitas de um dos melhores cantores brasileiros de todos os tempos. Ficava evidente ali que o mergulho no projeto “Acústico” – que é mantido num trecho do show – fez um grande bem a Roberto. Excesso e grandiloqüência foram limados, concentrando-se na essência de um artista que sempre soube valorizar a importância dos detalhes. Pequenos, mas “muito grandes pra esquecer”.
Pois é este show, ao mesmo tempo detalhista e grandioso, que se transforma no disco anual do Rei, produzido por Guto Graça Mello e Mauro Motta. Disco que traz 11 das músicas apresentadas naquela noite, mais três faixas bônus: as versões remixadas de “Se você pensa” (pelo DJ Memê) e “O calhambeque” (pelo DJ Xerxes) e, abrindo o disco, uma canção inédita da dupla Roberto Carlos e Erasmo Carlos, “Seres humanos”. Na letra desta última, com uma base de hip hop, num canto-fala próximo do rap (algo que, por sinal, Roberto já fizera décadas antes de o gênero nascer no Harlem nova-iorquino, na balada “Não quero ver você triste assim”) a dupla mostra sua crença na humanidade e sua visão ecumênica da religião: “Mas que negócio é esse de que somos culpados / De tudo que há de errado sobre a face da Terra / Buscamos apoio nas religiões / E procuramos verdades em suposições / Católicos, judeus, espíritas e ateus / Somos maravilhosos / Afinal somos filhos de Deus / Somos seres humanos / Só queremos a vida mais linda / Não somos perfeitos / Ainda”.
No registro ao vivo, acompanhado de seu grupo, com arranjos e regência de Eduardo Lages, Roberto revê algumas das muitas pedras preciosas que lapidou através das últimas décadas. De “Como é grande o meu amor” a “Parei na contramão”, passando por “Proposta”, “Emoções”, “Eu te amo tanto”, “Amor sem limite”, “Força estranha” (esta escrita por Caetano Veloso para o Rei) e “Jesus Cristo”. Tudo com o equilíbrio perfeito de técnica e emoção que vem sendo uma das marcar registradas desse mestre da canção popular.
Antonio Carlos Miguel
ANO 2003 – ROBERTO CARLOS – “PRA SEMPRE” DISCO SÓ COM INÉDITAS.
"PRA SEMPRE", POR GLÓRIA PEREZ E OKKY DE SOUZA
PRA SEMPRE
ROBERTO CARLOS 2003
Roberto Carlos cantou como ninguém o cotidiano do amor. E o amor continua sendo a temática de sua obra. O que mudou é que ele deixa de cantar momentos para cantar o eterno do amor. Para cantar o amor que desafia o tempo, o espaço,as dimensões da vida, aquele amor que move o sol e outras estrelas.
Esse disco é uma declaração e uma definição de amor: a presença física do ser amado não é limite nem impedimento - um criador cria. Usando sua arte e poderes de criador, ele recria em seu sentimento a presença da amada, e a devolve a nós, refeita em som, nas canções desse disco.
E nesses tempos de amores passageiros e transitórios, Roberto ousa e transgride quando diz: pra sempre
Glória Perez
ANO 2004 – ROBERTO CARLOS – “PRA SEMPRE” - CD E DVD AO VIVO GRAVADO NO ESTÁDIO DO PACAEMBU EM SÃO PAULO.
ANO 2005 – ROBERTO CARLOS – NOVO CD LANÇADO EM DEZEMBRO/2005.
Referências e lembranças são muitas no novo disco de Roberto Carlos. A Jovem Guarda, que comemorou 40 anos em 2005, está presente explicitamente em duas composições suas que entregara a colegas na época; o rock ‘n’ roll, numa balada clássica que Elvis Presley lançou em 1957; indo mais fundo no passado, ele recria a guarânia “Índia”, gravada pela primeira vez em português em 1942; além reverenciar os estilos country e sertanejo e revisitar canções suas recentes. Por aí transita “Roberto Carlos 2005”, em nove faixas marcadas pelo habitual perfeccionismo do cantor e compositor, em produção novamente nas mãos de dois velhos companheiros, Guto Graça Mello e Mauro Motta.
Gravado entre 2004 e boa parte desse ano no estúdio Amigo, que o cantor mantém no bairro da Urca, no Rio, o foco principal continua sendo o amor, tema atemporal, presente em letras, melodias, arranjos. Ou seja, puro Roberto Carlos.
Escolhida para abrir o disco, a balada “Promessa”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, fora lançada em 1966 por Wanderley Cardoso e agora finalmente ganha uma versão na voz do Rei.
Mais uma composição de Roberto e Erasmo feita na época Jovem Guarda, sucesso então com os Vips, que a gravaram em 1966, “A volta” virou sucesso novamente graças à essa gravação de Roberto Carlos, incluída na trilha sonora da novela “América”.
Outra regravação, “Amor é mais” é uma composição recente de Roberto Carlos, lançada originalmente em 2000, no álbum “Amor sem limite”.
A inédita da dupla Roberto & Erasmo nesse novo disco, “Arrasta uma cadeira” é uma guarânia, o gênero nascido no Paraguai que tanto influenciou a nossa música sertaneja. E para participar dessa faixa Roberto convidou uma das principais duplas no estilo, Chitãozinho & Xororó.
O clima interiorano prossegue nas faixas seguintes. “O baile da fazenda” é composição de Roberto & Erasmo que o Rei lançara em seu disco de 1998 – nessa nova gravação, Dominguinhos dá bis, voltando a reforçar o sotaque rural com seu acordeom.
“Coração sertanejo”, de Neusa Moraes e Neon Moraes, foi sucesso com Chitãozinho & Xororó em 1996, incluída na trilha da novela “O rei do gado”. Roberto mostra aqui a sua intimidade com esse mundo, abre seu “coração sertanejo”.
Enquanto “Índia” (Manuel Ortiz Guerrero e Assuncion Flores, versão de José Fortuna), teve o seu primeiro registro no Brasil em 1942 e depois recebeu diversas gravações, algumas de muito sucesso, como a da dupla Cascatinha & Inhana, em 1952, e a de Gal Costa, em 1973. A de Roberto chegou ao público antes do lançamento desse disco, incluída na trilha da novela “Alma gêmea”.
Lançada por Roberto em seu álbum de 1970, “Meu pequeno Cachoeiro”, de Raul Sampaio, é um nostálgico aceno à cidade natal do cantor, Cachoeiro do Itapemirim. Grupo de base e um naipe de cordas (arranjo e regência de Eduardo Lages) sustentam a emocionada interpretação do Rei.
Para fechar o repertório, em outro acerto de contas com seu passado e sua formação musical, ele recupera a balada “Loving you” (Jerry Leiber e Mike Stoller), gravada por Elvis Presley em 1957. A canção está no original em inglês (em interpretação impecável), mas vale uma tradução literal de um trecho para mostrar o quanto o clássico de Leiber e Stoller tem a ver com o universo desse romântico incurável que é Roberto Carlos: “Eu passarei toda a minha vida / Amando você, amando você / Inverno, verão, primavera também, / Amando você, amando você / Não faz diferença aonde vou ou o que faço / Você sabe que sempre estarei amando você”. Versos que, com certeza, os fãs do cantor assinam em baixo.
Antônio Carlos Miguel/dez 2005
ANO 2006 – ROBERTO CARLOS – NOVO CD e DVD “DUETOS” LANÇADO EM DEZEMBRO/2006.
NOS ENCONTROS DE ROBERTO, A HISTÓRIA VIVA DOS NOSSOS MOMENTOS E SENTIMENTOS.
Há muito tempo não há mais Natal brasileiro sem ele. Até Papai Noel falta em muitas casas e barracos, mas não Roberto Carlos. Ele é nosso bom mocinho, o paizão, o filho camarada, o amigo de fé, o namorado dos sonhos – o que melhor canta o que sentimos. E sempre nos dá de presente o melhor de si, sempre diferente e sempre o mesmo. Como o Natal.
E nesses tantos Natais tropicais, iluminados pela tela da TV, foram muitas as emoções nos encontros de Roberto com nossos grandes artistas, representando os mais diversos estilos e gerações que enriquecem a nossa música.
“Duetos” é uma viagem no tempo e nos sentimentos do Brasil modernos. Um disco e um filme que contam a história viva das nossas emoções.
Em sintonia com o ouvido popular, os principais gêneros musicais que embalaram os corações e os quadris brasileiros nas ultimas décadas estão registrados nesses encontros de Roberto com artistas que ele ama e admira e quem tanta importância em sua vida e obra como na história da nossa música. Da era do rádio com Ângela Maria à bossa nova com Tom Jobim, da Jovem Guarda de Erasmo e Wanderléa à MPB com Milton Nascimento e Maria Bethânia, do tropicalismo de Caetano Veloso e Gal Costa ao sertanejo de Almir Satter, Sérgio Reis e Chitãozinho e Xororó, do pop de Ivete Sangalo e Rosana ao rock do Jota Quest, do Ceará de Fagner à Belém de Fafá, em cada escola musical Roberto foi buscar os melhores, estabelecendo parcerias de excelência e celebrando a diversidade que faz a grandeza de nossa música.
Na variedade de estilos, timbres e sotaques, harmonizando contrastes, atravessando gêneros e gerações, Roberto canta pelo Brasil, com o Brasil, para o Brasil – afinal, ele é a voz do Brasil.
Cantar com Roberto é como jogar bola com Pelé, como namorar Gisele Bundchen, como compor com Chico Buarque. Talvez por isso, em todas as vozes famosas e idolatradas que se juntam à dele, se sente um coração brasileiro batendo mais forte, por mais brilhante que seja a estrela em que pulsa e por maiores que sejam as suas legiões de fãs.
Como se sabe, ídolos populares tem egos gigantes. Não é uma qualidade ou um defeito, é uma característica e uma diferença, um poder colossal e uma imensa fragilidade. Talvez por isso, ao lado de Roberto, todos os maiores ídolos da música brasileira se comportam como fãs – se sentindo intensamente felizes e gratos, ainda que meio trêmulos, pelo privilégio de cantar com ele.
É o maior tributo de respeito, amor e gratidão um artista pode desejar dos que, como ele, vivem de cantar, com seus estilos, suas linguagens e seus ritmos, os momentos e sentimentos de milhões de brasileiros jovens e velhos, ricos e pobres, brancos e pretos, que, como rios de música, deságuam todos em Roberto Carlos.
Nelson Motta/dez de 2006
CANTORES LATINOS E ESPANHÓIS QUE GRAVARAM ROBERTO CARLOS E ALCANÇARAM AS PARADAS DE SUCESSO:
ITÁLIA:
-Ornella Vanone – Itália (primeira cantora a gravar L' appuntamento em 1969 (versão da musica Sentado à Beira do Caminho)
- L’Appuntamento foi tema do filme 12 homens e outro Segredo(Ocean’s 12) do diretor Steven Soderbergh, tema de abertura do filme e do casal Brad Pitt e Catherine Zeta-Jones, com um elenco de estrelas como Julia Roberts, George Clooney, Matt Damon, Andy Garcia entre outros
- Diego Maradona cantou a música Propuesta, na vida real, ao conhecer sua esposa Claudia e esta cena entrou no filme sobre sua vida La Mano Di Dio, do diretor italiano Marco Risi, produzido na Itália e lançado mundialmente em 2006.
- Andrea Bocelli - gravou L'Appuntamento (Sentado à Beira do Caminho) no ultimo CD e DVD de 2006. em versão italiana e espanhol.
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ESPANHA:
- Paloma San Basílio – Espanha – gravou em 2006 La Sonrisa de Llegada (Você Em Minha Vida) ganhadora de discos de ouro e platina, tanto na América Latina, quanto na Espanha. Atriz e cantora dos principais musicais da Espanha, como Evita, The Man Of La Mancha e My Fair Lady.
- Tamara – Espanha - Canta Roberto Carlos é o terceiro disco da jovem cantora espanhola Tamara, com sucessos do Rei cantados em castelhano. Produzido por Max Pierre, o novo trabalho traz 10 faixas, entre elas, "Desahogo" (Desabafo) e "Emociones" (Emoções), alguns dos destaques.
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MÉXICO:
- YAHIR - Cantor Mexicano, gravou o CD No Te Apertes De Mi, produzido por Guto Graça Mello, só com músicas do Roberto. Sucesso de vendas no México e mercado Latino., foi a maior vendagem do ano
- Marc Anthony – Cantor Mexicano regravou "Amigo" sucesso de vendagens no México e na América Latina e USA.
Para maiores informações, não deixe de acessar o
site oficial do Artista: www.robertocarlos.com
OS NÚMEROS
- 54 discos lançados no Brasil;
- 03 DVDS (01 Acústico/2001, 01 ao vivo Realizado no Estádio do Pacaembu “PRA SEMPRE ao VIVO NO PACAEMBU” e o mais recente “Duetos” em 2006);
- Mais de 100 discos lançados no exterior;
- Roberto Carlos está para a América do Sul da mesma maneira que os Beatles estiveram para a Inglaterra e Frank Sinatra e Elvis Presley para os Estados Unidos. No final da década de 50, já era considerado pela imprensa o Elvis Presley brasileiro;
- Foi líder e vocalista, na época (década de 50), de dois grupos de rock: “The Snakes” e “The Sputniks”, que entre outros integrantes fazia parte o nosso grande Tim Maia;
- Maior expoente da jovem guarda na década de 60;
- O único cantor latino-americano a vender mais discos que os Beatles e Elvis Presley, são mais de 100 milhões de discos;
- O único artista em toda a história da música que lançou 1 LP por ano, durante 48 anos consecutivos. Na maioria destes anos ele gravou um 2º disco em versão espanhol e em outras oportunidades em italiano, francês e inglês;
- O único artista nacional com uma carreira de sucesso que já dura mais de 40 anos;
- O primeiro artista que, já na década de 60, alertava o mundo sobre os problemas de ecologia;
- Uma legião de milhões de fãs;
- Um cantor com centenas de discos de ouro, platina e diamante, que se fossem colocados juntos, lado a lado, seriam capazes de dar a volta no maior estádio de futebol do mundo;
- Um compositor com mais de 500 canções;
Ganhador de inúmeros prêmios como:
- Festival de San Remo (1968);
- 15 Troféus Imprensa;
- 03 Grammy’s
01 Grammy INTERNACIONAL em 1989 como melhor cantor;
01 Grammy Latino em 2005 como melhor álbum de musica romântica (Álbum Pra Sempre AO VIVO – Gravado no Pacaembu
01 Grammy Latino em 2006 como melhor álbum de música romântica (Album “Roberto Carlos” 2005)
- Prêmio Sharp;
- Prêmio Shell;
- Lifetime Achivement Award (1991 - concedido aos artistas que por mais tempo têm permanecido no topo do sucesso),
- Prêmio Multishow em 2002 COMO MELHOR CANTOR;
- Marcas de Confiança da Readers Digest de melhor cantor (2005 e 2006);
- Prêmio Tim de 2003 e 2006
- Latin Music Awards 2006 com a música Detalhes e No Te Apartes de Mi, etc
Artista que dispensa apresentações. O ídolo da canção latino-americana. O exemplo vivo do sucesso mundial da música popular brasileira. Alguém que desperta todo o carinho, admiração e idolatria nos milhões de fãs que o acompanham pelo Brasil e pelo mundo. Um ícone de credibilidade, romantismo, da religiosidade e da família. O nosso grande Rei.
Fonte: ACMproductions.
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