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terça-feira, 23 de outubro de 2012

UM POUCO DA HISTÓRIA DO CHOCOLATE

 

Por volta do ano 600 a.C., o cacau era considerado símbolo de status pelas culturas Maias e Astecas. Era uma espécie de "moeda corrente" e aqueles que possuíam "saúde" financeira a ponto de ter cacau em excesso, usavam-no para fazer uma bebida de chocolate que lhes dava sabedoria e poder.

O primeiro europeu a descobrir o cacau e o chocolate foi Cristóvão Colombo, em 1502. No entanto, quem se beneficiou da descoberta foram os conquistadores espanhóis. Segundo o historiador Hernando de Oviedo y Valdez, podia-se comprar um escravo por 100 cabeças de cacau.

Outro conquistador, Hernando Cortez, constituiu uma vasta plantação de cacau com o propósito explícito de fazer nascer dinheiro em nome da Espanha. Por volta de 1519, Cortez descobriu que o Imperador Montezuma possuía mais cabeças de cacau que qualquer outro ser vivo da época. De acordo com alguns pesquisadores, a única bebida ingerida pelo Imperador era o chocolate, especialmente antes de entrar em seu harém. Ele acreditava que aquela mistura era um poderoso afrodisíaco.

É daí que surge o mito de que o chocolate contém uma substância capaz de provocar a mesma reação do amor.
Hoje é comprovado cientificamente que, ao ingerir chocolate, o organismo libera endorfinas, o que causa uma sensação de bem-estar.

Cortez retorna à Espanha em 1528, levando consigo milhares de cabeças de cacau e as ferramentas necessárias para produzir o chocolate, embora ele não fosse um aficionado da bebida. E não era o único, já que o método asteca de preparação utilizava especiarias, como, por exemplo, o chili - uma espécie de pimenta - para aromatizar a bebida.

Os cozinheiros espanhóis logo mudaram a receita, substituindo a pimenta pelo açúcar. Em 1606, a Espanha continuava a manter o segredo da descoberta do chocolate, que foi um produto monopolizado por mais de um século. Enquanto cultivava uma tradição na preparação da nova bebida popular, o país mantinha vastas plantações de cacau em suas colônias equatoriais.

Quem divulgou o chocolate no mundo, quebrando, assim, a hegemonia espanhola, foi o mercador italiano Antonio Carletti.

Em Londres, a primeira casa de chocolates surge em 1657. A iguaria obteve um grande sucesso entre a elite da cidade, tornando-se a casa de chocolates e local de encontro da burguesia.

Com o sucesso, o cacau atingiu preços exorbitantes, de maneira que apenas ricos e nobres poderiam se deleitar com o doce. No entanto, os preços caíram e mais casas de chocolate começaram a surgir na Inglaterra, desafiando a supremacia das casas de café e chá, chegando até a concorrer com os tradicionais pubs.

Em 1671, o cozinheiro pessoal do Duque de Plesslis-Praslin viu, acidentalmente, uma panela de açúcar fervente ser derramada sobre uma tigela de amêndoas. Ao provar, o Duque imediatamente ficou apaixonado pelo novo sabor, colocando, imediatamente, seu nome na descoberta, e assim, o "praslin" ou "praliné" veio ao mundo.

Em 1674, o chocolate ainda era tomado na Europa quando refinados padeiros ingleses começaram a adicionar cacau em suas receitas de bolos, criando pela primeira vez o chocolate sob a forma sólida. Durante décadas o chocolate sólido podia ser encontrado por toda a Europa, apresentado sob diversas formas, incluindo em barras, elevando o status do chocolate de um estilo de bebida a uma refinada iguaria.

Em 1697, ao visitar Bruxelas, o prefeito de Zurique se apaixonou imediatamente pelo sabor da mistura, levando a novidade e a inspiração para uma nova indústria suíça - não esquecendo de levar consigo um suprimento pessoal de chocolates.

Na virada do século XVIII o chocolate voltou à América do Norte. Em menos de uma década, as farmácias de Boston anunciavam a venda de chocolates importados da Europa.

Por volta de 1765, o chocolate era desejado pelos americanos. A procura pela iguaria chamou a atenção de James Baker e John Hannon, os quais construíram uma fábrica de chocolates que usava a força da água para impulsionar as máquinas e todo o processo produtivo. Esta companhia é conhecida hoje como Walter Baker Company, uma das mais antigas indústrias ainda em operação nos EUA.


Existe a lenda de que, em 1772, o Marquês de Sade promoveu um baile em Marselha e, resgatando a velha tradição de que o chocolate era um poderoso afrodisíaco, serviu pastilhas de chocolate muito deliciosas. No entanto, poucos se atreveram a comê-las. As pastilhas provaram ser tão potentes que os que as comeram, logo começaram a sentir um calor e uma lascívia incontroláveis. Vale lembrar que esta estória nunca pôde ser confirmada, uma vez que o Marquês de Sade foi preso logo após o baile.

Em 1815, o químico alemão Johannes Van Houten iniciou experiências que resultaram na descoberta de uma nova qualidade de chocolate com uma quantidade muito baixa de gordura. O processo patenteado de Van Houten envolvia o uso de sais alcalinos para desenvolver o chocolate, técnica que permitiu que este fosse derretido em água fervente, tornando sua coloração mais escura e o sabor mais suave.

Van Houten construiu uma prensa hidráulica que permitiu, pela primeira vez, produzir chocolates em larga escala, tanto em pó pronto para o consumo, quanto sob a forma sólida.

Em 1819, 122 anos depois que o prefeito de Zurique trouxe o chocolate de Bruxelas, a Suíça desenvolveu uma habilidade especial para fazer chocolate.

Neste mesmo ano, François Louis Cailler abria a primeira fábrica suíça de chocolates no Lago Genebra. A industrialização não parou por aí; 6 anos depois, Philippe Suchard construía suas próprias máquinas, entre elas, o primeiro misturador de que se tem conhecimento no mundo.

Se a J.S. Fry & Sons of Bristol, fundada em 1728, não for a mais antiga fábrica de chocolates da Inglaterra, é certamente a mais duradoura e inovadora do ramo. Um dos filhos de Joseph, o proprietário, teve a idéia de comprar e instalar um motor a vapor na fábrica, em 1789, logo após Watt o ter inventado. No entanto, a fama de inovador ficou para seu neto, Francis, e um bisneto, também chamado Joseph.

Em 1847, eles adotaram o processo de Van Houten e descobriram uma maneira de combinar pó de cacau, açúcar e manteiga de cacau, produzindo a primeira barra de chocolate comestível (as que existiam anteriormente eram usadas para preparar confeitos e bebidas à base de chocolate).

A primeira companhia britânica a produzir concentrados puros de cacau em pó foi a Cadbury, em 1866. A fábrica que deu início ao surgimento de diversas marcas deste produto passou a fazer parte da vida dos consumidores, tornando-se uma das bebidas quentes mais apreciadas.

O leite passou a fazer parte do processo, em 1879. Os primeiros a adicionar leite em pó na fabricação do chocolate foram os suíços.

Em 1895, Milton S. Hershev vendeu sua primeira barra de chocolate Hershey's na Pensilvânia. Com a produção em massa, teve início também um apetite universal pela produção de chocolate sob as mais variadas formas.

A demanda por chocolates luxuosos, feitos com ingredientes escolhidos por "chocolatiers" (especialistas em chocolate) também foi incentivada, diversificando aromas e texturas.

A família Drap criou um atelier de chocolates em Bruxelas. Alguns anos depois, o filho dos fundadores, Joseph Drap, assumiu os negócios da família, mudando o nome do negócio para "atelier de Lady Godiva", em 1926, por sugestão de sua esposa. A visão de Joseph era criar o chocolate mais elegante do mundo, feito à mão e destinado a um grupo seleto de consumidores.

Desde então o chocolate fincou raízes comerciais ao redor do mundo e deu vazão às mais diversas formas e métodos de produção, chegando também às casas do proletariado sob a forma de preparado instantâneo e como complemento alimentar.

O maior consumo per capita de chocolate, atualmente, é dos suíços: 10kg/ano contra 5kg/ano dos Estados Unidos.


Windbeutel (sonhos) de chocolate

Ingredientes:
1 colher (café) de sal
1 colher (chá) de açúcar
1 xícara de farinha de trigo
1/2 xícara de manteiga
4 ovos
1 xícara (chá) de água
Recheio
1 pitada de sal
2 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de chocolate em pó
1 xícara de creme de leite batido

Modo de Preparo:
Numa panela colocar a água, a manteiga, o sal e o açúcar. Deixar ferver. Juntar a farinha de trigo peneirada de uma só vez, mexendo sempre até a massa se desprender do fundo da panela. Retirar do fogo e continuar a mexer até a massa ficar macia. Deixar esfriar. Juntar os ovos um a um, misturando bem.
Pingar de 10 a 12 porções de massa numa assadeira untada. Assar em forno quente, até que os sonhos fiquem dourados e crescidos (cerca de 1/2 hora).
Tirar do forno e dar um talho de cada lado do sonho, para que não murchem. Levar novamente ao forno por mais uns 5 minutos.
Deixar esfriar bem e rechear com o creme.

Recheio
Misturar o chocolate, o açúcar e o sal. Juntar aos poucos o creme de leite batido, misturando até obter uma massa bem lisa.
Deixar gelar muito bem. Colocar na batedeira e bater até o creme ficar consistente.
Rechear os bolinhos na hora de servir.
FONTE:  http://www.velhosamigos.com.br

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